O que é o metanol e por que ele é tão perigoso em bebidas?

O metanol, ou álcool metílico, é uma substância química de uso estritamente industrial, amplamente utilizado como matéria-prima para plásticos, resinas e solventes. O perigo mortal surge quando ele é adulterado em bebidas alcoólicas. No organismo, o metanol é metabolizado transformando-se em formaldeído e, depois, em ácido fórmico – substâncias altamente tóxicas que atacam o sistema nervoso central, podendo causar cegueira irreversível, falência de múltiplos órgãos e, infelizmente, a morte, como temos visto nestes trágicos casos. A dose letal é alarmantemente baixa, tornando qualquer consumo um risco gravíssimo.

Como o metanol vai parar nas bebidas que são consumidas?

Esta é a questão central. O metanol não é um subproduto natural e inevitável da fermentação de bebidas tradicionais, como a cachaça, quando o processo é conduzido de forma correta. Sua presença em níveis perigosos é um indicativo claro de adulteração intencional. Criminosos adicionam o metanol, um álcool mais barato, para aumentar o volume e o teor alcoólico do produto de forma ilícita, visando apenas o lucro, sem qualquer preocupação com a vida humana. Isso é uma prática de contrabando e fraude, que resulta em envenenamento.

O que pode ser feito para evitar essas tragédias?

A solução passa, inevitavelmente, pelo controle técnico e a fiscalização profissional. É aqui que a atuação do profissional da Química, devidamente registrado e habilitado pelo Conselho Regional de Química, se torna uma barreira fundamental para a segurança da população. Em um processo industrial legal e ético, o Químico é o responsável técnico por garantir que todas as etapas – da fabricação ao envasamento – sigam protocolos rigorosos de controle de qualidade. Ele realiza análises que identificam e quantificam impurezas, como o metanol, assegurando que apenas o etanol, o álcool seguro para consumo, esteja presente no produto final. A ausência deste profissional em uma produção é, por si só, um sinal de alerta máximo. Combater a clandestinidade e fortalecer a fiscalização sobre os estabelecimentos produtores são ações urgentes, e o CRQ está na linha de frente para orientar e cobrar das autoridades.

Diante dos recentes e trágicos casos de intoxicação e morte decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol no estado de São Paulo, o Conselho Regional de Química da 12ª Região (CRQ-XII) vem a público alertar a população e reforçar o papel fundamental do profissional da Química como garantia de segurança e qualidade.

O metanol é um álcool de uso industrial, altamente tóxico para os seres humanos. Quando ingerido, mesmo em pequenas quantidades, é transformado pelo organismo em substâncias que causam danos irreversíveis, como cegueira e falência de órgãos, podendo levar ao óbito. Sua presença em bebidas não é acidental; é resultado de uma adulteração criminosa com o objetivo de aumentar lucros, sem qualquer preocupação com a saúde pública.

Para evitar que essas tragédias continuem ocorrendo, é essencial entender que a produção de bebidas alcoólicas seguras depende de controle técnico e científico rigoroso. O Profissional da Química, devidamente registrado e habilitado, é o responsável técnico pelas análises e pelo controle de qualidade em toda a cadeia produtiva. É ele quem garante que os processos de fermentação e destilação estejam dentro dos parâmetros legais, assegurando a pureza do etanol e a ausência de impurezas tóxicas como o metanol.

A atuação deste profissional é, portanto, uma barreira de proteção contra a clandestinidade. O CRQ-XII reforça seu compromisso de orientar a sociedade e os órgãos fiscalizadores, destacando que a presença do Químico Responsável não é uma mera formalidade, mas uma questão de saúde e segurança pública.

Conclamamos a população a consumir apenas produtos de origem conhecida e procedência legal, e aos fabricantes, lembramos da obrigatoriedade e da importância ética de contar com um profissional habilitado. Juntos, podemos combater essa prática criminosa e salvar vidas.